O João personifica qualquer pessoa diante da vida, diante desta aventura de existir a qual é de alguma maneira um quebra-cabeças. Os números que o avô colocou podemos considerá-los um dogma.
Penso que esta simples história explica que o dogma não é de si mesmo uma coisa má, nem sequer é alguma coisa que nos faz deixar pensar e investigar. Antes pelo contrário ele liberta-nos de um pensamento cíclico e infrutífero para um outro patamar, o qual nos pode fazer chegar ao sucesso, ou que também nos pode desgraçar a folha com o sudoku, e como sabemos, na vida escrevemos com caneta de tinta permanete.
O que se sucedeu nesta história é que o dogma se mostrou verdadeiro pela sua eficácia, exigiu de facto um passo de fé, porém uma fé racional que a cada número registado, verificava todas as casas para ver se realmente o dogma era sensato ou não.
Ao nível pessoal também me considero a preencher um puzzle, cheio de casas em branco e também com os meus dogmas, os quais verifico a veracidade a cada casa preenchida. De facto quanto mais vivo mais vejo o quão verdadeiro é o dogma que adoptei.