quarta-feira, dezembro 16, 2009

Confundem o Natal com o Carnaval


Parece que na época do Natal tudo se enche de uma caridade que não se tem, são os supermercados onde ao se comprar determinadas coisas ajudamos não sei quem, são o fazer chamadas para determinados programas televisivos para contribuir para a determinada associação, enfim uma estratégia de marketing, embora possa ter um lado bom, ganhar dinheiro à custa das necessidades de outros é no mínimo sórdido.
Mas este síndrome também afecta as pessoas comuns, no Natal dão prendas a quem nem gostam, gostam até de ajudar o mendigo, mas porque raio é só no Natal? Devo louvar as pessoas que são realmente caridosas em todo tempo e sem segundas intenções, agora aquelas que querem mostrar uma coisa que não são me parece que confundem o Natal com o Carnaval.
De facto quem sabe que o Natal é uma excelente notícia inerente a todos os dias, a todas as pessoas, completamente gratuita e sem segundas intenções, em que o amor é o fim em si mesmo, e o abdicar de si mesmo em virtude dos outros é o mote, vive esta época todos os dias e tem um prazer sadio em dar sem que ninguém veja e amar os outros mesmo com dano próprio.

quinta-feira, novembro 26, 2009

quinta-feira, outubro 22, 2009

Perdão e Punição

Algumas pessoas sentem-se incomodadas com a ideia de um Deus que possa punir atitudes erradas, outras por sua vez sentem incomodo pelo facto de Deus poder perdoar determinadas atitudes erradas. Enquanto umas acham inconcebível um pedófilo arrependido ser perdoado, como eu já ouvi, outros acham inconcebível o mesmo ser mandado para um sofrimento eterno.

Julgo que a primeira ideia que devemos ter patente para uma visão equilibrada do Perdão e da Punição Divina, ou do Amor e da Justiça é que a moralidade não é relativa a culturas ou indivíduos. Não podemos determinar a veracidade da Bíblia pela os nossos sentimentos, que diga-se de passagem, são muito voláteis! Partindo do principio que a moralidade é relativa não há lugar a nenhum juizo de valor, nada nos resta senão uma vida selvagem baseada no prazer imediato não olhando a meios para atingir fins. Do Homem espera-se um pouco mais.

Vale a pena ainda dizer que quando partilhamos com outra pessoa um juízo moral, por exemplo, é injusto Deus mandar um ladrão para o inferno, ou melhor, permitir que ele vá para lá parar, estamos a partir do pressuposto que a pessoa com a qual falamos também tem a mesma sensibilidade moral, como tal acreditamos numa moral universal, se não fosse esse o caso nunca partilharíamos um juízo moral.

Visto que o carácter de Deus não é determinado pelos sentimentos humanos, devemos mais submeter que recalcitrar. Deve-se este texto então a tentar provar que a visão de um Deus de perdão e punição é o ideal para a humanidade.

Em primeiro lugar, aqueles que crêem que no final haverá recta justiça, são livres do sentimento de vingança quando a justiça não é eficaz aqui. Depois a punição é a única forma de resguardar um ideal, punido aquilo que lhe for oposto. O amor de facto tem de odiar aquilo que puder ser nocivo para ele mesmo, por isso tem de haver um lugar onde o mal ficará para sempre, onde não pode mais atormentar o bem.

A alternativa à punição é o perdão. E que bela alternativa! Perdão para todos, porque todos estão debaixo de punição, todos falharam o alvo drasticamente, podes pensar que não, mas como disse de outra forma à pouco, as regras foram ditadas por Deus, rebelar-mo-nos contra as regras de Deus tendo como base um argumento moral, é cortar o galho onde estamos assentados, porque a moral vem de Deus, o que acontece é que nós a temos meia distorcida.

A punição é para quem quer. Quem quiser perdão, há muito para dar ainda. Quem não quiser perdão, infelizmente não terá outra alternativa à punição, não que Deus a queira dar, mas porque Deus nada pode fazer contra a tua vontade.


NOTA: Este texto não pretende ser de maneira alguma taxativo, apenas serve para dar algumas nuances.

terça-feira, setembro 15, 2009

Credibilidade

Deixo este pequeno esquema para reflexão.

terça-feira, agosto 18, 2009

A luta

Fiz o que não queria. Mas como é que eu posso ter feito o que não queria? Eu não fui pressionado por ninguém. Existem duas leis em mim, dois senhores que se opõe um ao outro. Então e tu, já sentiste o vigoroso peso da consciência? Experimentaste essa lei moral que insiste em te fazer ver o dever?
Que tipo de explicação têm uma visão naturalista para esta batalha? Segundo sei nenhuma, porque esta lei moral não serve os propósitos da selecção natural, antes pelo contrário, é-lhe adversa. Pois esta lei opera obstando-nos de fazer aquilo que favoreceria a nossa vida (por exemplo roubar dinheiro a outrém). Logo, inevitavelmente, resta ao naturalismo uma resposta tímida e desprovida de provas, a qual já nos habituámos a ouvir: Simplesmente apareceu. Pois bem, o acaso mais uma vez é chamado à questão.
Mas uma resposta predefinida deve ser excluída por bem do saber. Pois não são os mesmos naturalistas que excluem as respostas predefinidas como: "foi Deus"? Ora uma resposta deve ser fundamentada, caso contrário deve ser rejeitada, em abono da verdade.
Como tal, já que as respostas naturalistas, materialistas, evolucionistas não demonstram sustentabilidade cabe-nos dar uma resposta metafísica.
Pois se é facto que há uma lei comum ao ser humano, e se é facto que não há lei sem legislador, esta lei também tem um legislador, e digo, pela Bíblia, que este Legislador é também o Criador, é também Jesus Cristo ressurrecto com vivas e infalíveis provas. Pois que outro que não o Criador poderia querer o bem e o sustento dos homens?
Pois essa luta dentro de ti é uma prova para o Deus que te quer vencer (num sentido amável), mas não te vence até que tu queiras ser vencido, até que tu queiras tomar uma cruz e ser crucificado diariamente para os teus desejos e tomar os desejos perfeitos do Criador. Pois os teus e os meus desejos podem parecer bons, mas o seu fim é a morte, mas os de Deus ainda que à pequena mente humana pareçam maus, o seu fim é a vida e vida abundante. Daí esta luta, entre o que eu quero e o que Deus quer, esta luta tu deves querer perder para que possas ganhar, porque se a quiseres ganhar, vais perdê-la.

sexta-feira, julho 03, 2009

Do Prazer

Querer prazer. É bom querer prazer? Sim e não, depende do ponto de vista. Queres o teu prazer ou o prazer de outrem? Se queres o teu prazer mais vezes que queres o prazer dos outros, tenho a dizer-te duas coisas, a primeira é que és reles, a segunda é que és como eu e toda a humanidade. Por outro lado se queres o prazer de outro é bom. Mas espera, deixa-me clarificar, este querer o prazer de outro não pode ter uma segunda intenção em receber prazer por tabela um pouco de prazer.
O nosso mal sempre foi olhar para nós mais do que para os outros. Este sentimento é o mais devastador que existe, por ele vêm toda a sorte de mal, pois faz-nos ignorar tudo o mais para nos focarmos unicamente em nós. A consequência é que nunca estamos satisfeitos e queremos sempre mais e mais prazer. O egoísmo é insaciável.
Porém o interessante é que as pessoas mais altruístas são as mais satisfeitas e saciadas, minto, elas ficam viciadas em amar, isto é, vivem. Quando eu penso mais nos outros do que em mim sinto-me realizado e a cumprir o propósito da minha vida. Quando me aniquilo em favor dos outros descubro o sentido da vida, pois se a vida fosse para se viver num sentimento egoísta serias o único ser na terra.
Talvez seja por isso que Deus criou seres, porque ele é todo o amor, todo altruísta, todo dar.
O mundo anda cada vez mais louco e mais desejoso de prazer, por outro lado nunca o procurou tanto. É que nos esquecemos do que deveríamos ter aprendido com os nossos pais (obrigado pais), porque se enquanto crianças nossos pais pensassem mais neles do que em nós, certamente já não existiríamos.
E para aqueles que se dizem Cristãos vejam aquilo que Paulo disse à comunidade de Filipos:
Que haja assim em vocês a mesma atitude que houve em Cristo Jesus, que, embora por natureza sendo Deus, não reivindicou o ser igual a Deus, mas desfez-se das suas regalias próprias, e tornando-se um ser humano, tomou uma posição de dependência, humilhando-se a ponto de se sujeitar voluntariamente à morte; não a uma morte vulgar, mas à morte da cruz.
Ou seja esqueceu o seu prazer para dar o prazer (a salvação) a outros.
Porque é que o mundo não está contente com o seu carro? É porque não dá boleia a ninguém. Porque é que o mundo não está contente com a sua casa? É porque nunca hospeda ninguém. Porque é que o mundo não está satisfeito com o parceiro sexual? É porque só o tem para lhe tirar prazer ao invés de lhe querer conferir prazer. Em suma, porque é que o mundo não está contente com nada? É porque não está disposto a dar-se a nada.
E é neste sentido que eu não gosto da expressão: "carpé diem". Não no sentido que temos de aproveitar bem a vida, mas no sentido de que a vida deve ser aproveitada rapidamente numa frenética busca de prazeres para saciar a minha carne em chamas. Em vez de aproveitarmos a existência para darmos algo melhor aos outros. Isto de aproveitar a vida só é bom quando damos da nossa vida a outros.
Mata esse teu ego à fome!

terça-feira, junho 16, 2009

A mulher Incógnita (a primeira)

"Na altura, apesar de não ter nada contra o Cristianismo, ele sempre me pareceu um tanto prepotente, porque dizia que só em Jesus há salvação e todos os restantes iam para o inferno, vim depois a descobrir que só em Cristo há salvação, sim, mas isso é manifesto de diversas formas. Pelo facto de muitos Cristãos dizerem que eram detentores não de uma verdade, mas da verdade, eu ficava relutante em querer saber mais acerca do Cristianismo, afinal tantos Cristãos pareciam orgulhosos ao falarem da verdade. Eu pensava que todas as religiões eram igualmente válidas e chocava-me a visão que eu julgava que era a Cristã. Hoje enquanto seguidora de Cristo percebi que a Bíblia não diz que as outras religiões estão minadas dos pés à cabeça, ou que um não Cristão não possa ver muitas coisas correctamente (apesar de alguns Cristãos pensarem isso). A Bíblia diz que só Jesus é o mediador entre Deus e os Homens, o que não quer dizer que os Homens não digam coisas válidas, simplesmente os ditos humanos serão eternamente impotentes para salvar, apesar de darem muito jeito em outras vertentes.
Um pastor que me acompanhou na minha chegada à fé Cristã esclareceu-me a respeito do que será das pessoas que não aceitem Cristo como Salvador, "Não é tudo para arder" disse ele de maneira brincalhona. As pessoas só se salvam por Jesus Cristo, é garantido, mas como foram então salvos os crentes antes de Jesus vir ao mundo? Moisés, Abraão, José... Eles não aceitaram Jesus como Salvador, mas sabes, foi Ele que os salvou. Continuou. Ainda me disse: Não são os Homens que julgam, quem vai julgar vai ser o Justo Juiz, conhecedor dos corações. A Bíblia diz que aqueles que "sem lei pecaram", não serão julgados pela lei escrita, mas pela lei que está nos seus corações1 e também que Deus deus "todas as coisas aos homens, para que pudessem buscá-lo"2. As conversas com este amigo deram-me muita paz a respeito dos outros, hoje descanso neste assunto porque sei que Deus é Justo, foi ele que definiu o padrão de justiça em mim afinal, apesar de por vezes estar distorcido.
Ainda estou na minha caminhada para entender em perfeição o Cristianismo, mas tudo a pouco e pouco se tem vindo a tornar mais claro, na mente e no coração."

1 - Romanos 2: 2 a 15
2 - Atos 17:24 a 27

sábado, junho 13, 2009

O Homem Incógnito (o primeiro)

"Tinha todos os argumentos para mostrar que a religião é vã, tinha inúmeros exemplos de coisas bizarras feitas ao longo da história em nome de Deus, que atrapalhariam qualquer fervoroso crente. Eu sabia contradições de alguns textos religiosos especialmente da Bíblia, sabia inclusivamente algumas delas de cor, sabia incomodar, todo o tipo de religioso. Tinha uma série de argumentos devidamente fundamentados com base científica, histórica e filosófica para refutar qualquer afirmação que apontasse para a existência de um Deus. Eu considerava-me um verdadeiro ateu. No fundo de tanto orgulho, se realmente existisse algum deus eu nunca o conheceria. Era verdade que eu chegara a isso de forma racional, mas no fundo eu antes também o era de forma menos racional. Tornei-me ateu quando o meu pai morreu, eu julgava que Deus ouviria as nossas orações, mas aquela para o meu pai não morrer... essa Ele não ouviu. A partir desse dia, a minha jornada baseou-se em refutar toda e qualquer ideia de Deus, partindo do pressuposto: Deus não existe. Vez por outra eu sentia-me incomodado, porque não havia analisado a fundo a questão de Deus, afinal eu não conhecia nem a décima parte da religião do meu país, quanto mais de todas as outras. Eu não conhecia em pleno a natureza do universo e por outro lado a ciência não se ocupa de provar inexistências. Porém em meio a Russeles e a Nietzsches fui aniquilando a voz da minha sinceridade, voz essa que começou a falar comigo no dia da minha primeira oração em favor do meu pai - Se todos rezassem ninguém morreria? - ao que eu anos mais tarde respondi: Exacto! Deus é Cruel. Naqueles tempos eu abominava toda e qualquer religião, tudo o que eu queria era aniquilar a ideia de Deus, da mente das pessoas, e no fundo... também da minha.
Ingressei numa universidade de renome e estudei biologia, queria ter descanso a respeito das questões da origem da vida e do universo, afinal isto não poderia ser criado por Deus, caso contrário nunca haveria mal. No último ano da faculdade descobri que o meu professor preferido era Deísta, fiquei estarrecido! Como é que aquele ser inteligente que tanto me ensinou poderia acreditar que o mundo era como um peão que ainda gira devido a um impulso primeiro? "Então mas o conhecimento não leva ao ateísmo?! Isso de crer em Deus não é coisa de gente retardada?!" Eu questionava-me... Eu não poderia estar errado, eu havia influenciado inúmeras pessoas, encavacado evangelistas de rua com questões difíceis, e dado a minha "verdade" aos agnósticos que conheci. Para que o meu percurso de ateu continuasse decidi que aquele senhor deveria ter uma falha, ou medo de morrer, mais tarde percebi que não fazia muito sentido dizer que alguém se tornou Deísta porque tinha medo da morte, mas assim eu prossegui até aos meus 34 anos de idade.
Com 33 anos eu era escritor regular para uma publicação de cariz científico, orador conceituado e mestrado em Biologia Molecular. Determinado dia um aluno meu perguntou-me como é que a vida surgiu de matéria inorgânica. As perguntas que me perturbavam não eram o "como?", mas o "porquê?", porém sem dúvida aquela pergunta incomodou-me naquela hora. Essa questão não me incomodava há muito, eu estava imune. A juntar a essa, naquela hora vieram todas as outras, a respeito da moral, universo, de algumas profecias Bíblicas. Eu havia estudado e sabia refutar todas as ideias que tinha na mente, mas naquela hora eu apercebi-me que também eu precisava de fé para acreditar no meu conjunto de crenças."

sábado, maio 09, 2009

Problema de Ligação

Nathaniel Baldwin sonhava desde pequeno em poder ouvir música sem ter de incomodar a sua mãe que sofria de constantes enxaquecas, tudo o que ele tinha era um velho gira-discos. Após os seus estudos em electrónica ele inventou um mecanismo altamente inovador até então, os auscultadores. Entusiasmado com o poder da sua invenção, foi mostrá-la ao senhor Will Bagley, o maior produtor de produtos electrónicos de Utah, nos Estados Unidos da América. O senhor Will Bagley sofria de problemas de audição e tinha de ouvir todos os sons altamente amplificados, por esta razão também Baldwin pensou ser a sua oportunidade de ouro. Baldwin deixou o seu equipamento na loja de Bagley o qual foi experimentado na noite anterior a Baldwin voltar para receber um "feedback". A reacção fora muito má, Bagley detestou, e nem sequer percebeu a sua função. O que havia acontecido foi que Bagley não consegui ligar correctamente os auscultadores e quando colocou o aparelho, para lá de só ouvir ruido a música que estava a ouvir ainda ficou mais abafada como é evidente.
história fictícia


À partida o que era suposto abstrair os sons distractivos, e fazer o som desejável mais nítido e perceptível num local ruidoso, acabou por dificultar ainda mais a audibilidade desse som.
Existe no meio de nós um "aparelho", deixem-me falar assim, que deveria criar uma abstracção de ruídos e facilitar o acesso a determinada informação. Estou a falar da religião. É verdade aquilo que supostamente deveria aproximar as pessoas de Deus, afinal as tem afastado, não pela religião em si, mas pela enorme quantidade de "headphones" estragados e mal ligados.
Quando oiço um ateu ou um agnóstico, ou alguém que se afastou do Cristianismo falar que já experimentou a religião e tudo aquilo era mais absurdo que claro, eu tenho a certeza que ele está a falar verdade, infelizmente constato que ele foi ludibriado por um auscultador em condições débeis. Ah! O que eu faria para lhe dar a um desses meus parceiros o meu auscultador da esquerda ou da direita para ele poder ouvir esta melodia! Uma melodia transformadora que toca o mais profundo do meu ser.
Meus caros eu vos aconselho a verificarem todas as ligações, verifiquem com outros, que no fundo partilham do mesmo equipamento, verifiquem todas as ligações
antes de desligarem essa aparelhagem.


sexta-feira, abril 24, 2009

Sobre Mal e Sofrimento

Tenho recentemente vindo a constatar coisa velha. Algumas pessoas culpando Deus pelas maldades do mundo. Apesar das pessoas que sofrem maldades geralmente não culparem Deus pelas mesmas eu ainda assim respeito o comentário destes críticos, quem me dera porém que elas pudessem ver Deus como Ele é.
Uma coisa tem de ser certa, nós que não sofremos tamanhos males apesar de podermos chamar a Deus injusto (que não é) deveríamos lhe agradecer também a nossa posição agradável de momento. Pois se o culpamos pelos males, porque não o elogiamos pelos bens?
Outra coisa engraçada é que se Deus não existe o conceito de mal torna-se relativo e por consequência sem relevância, PORÉM! Jamais na minha boca se oiça que ateu algum é imoral! Conheço muitos ateus mais morais que alguns (ou devo dizer muitos?) que se dizem crentes. Verdade é que o pensamento ateísta-naturalista conduz a um niilismo imoral, como disse Dostoievsky no seu último romance: "Se Deus não existe, tudo é permitido". Evidente que tudo é permitido de qualquer forma, o que Dostoievsky quis dizer, e eu também é que se não existe um Legislador Moral, a moral perde o sentido pois é relativa a cada individuo, para alguns povos a mutilação do clitóris é moralmente correcta, não entanto sabemos que não o é, mas se o nosso conhecimento de moral também tem origem natural não há termo de credibilidade. Melhor dizendo, se a moral surgiu por selecção natural para a preservação da espécie qual é realmente a a mais valia do pensamento ocidental sobre o africano? Ou qual é realmente a mais valia da moral?
É relevante ainda dizer que uma grande quantidade de maldades acontecem devido ao homem, C.S.Lewis falous de 4/5 do mal serem de origem humana (onde eu e tu estamos incluídos). Quero dizer que não podemos pedir a Deus que force a liberdade que Ele mesmo quis criar proibindo pessoas de matar por exemplo, Ele assumiu esse risco, a liberdade poderia se tornar numa coisa má, como de facto aconteceu. No entanto em toda a Teologia Cristã, existem também palavras como restauração e julgamento. Mas o que quero mesmo dizer é que ao pedirmos que Deus seja mais Divino estamos necessariamente a pedir ao Homem para ser menos humano, para não ter responsabilidade nos seus actos em última análise.
Apesar de ainda haver males que merecem uma discussão aprofundada, neste texto só quis abrir novas linhas de pensamento para que todos aqueles que comigo não se confinam a uma verdade intocável possam buscar uma verdade cada vez mais refinada.
Concluo falando àqueles que sinceramente questionam Deus ao verem o mal: Mostremos a nossa Humanidade que Deus mostrará a sua Divindade.

quinta-feira, abril 16, 2009

Sobre Omnipotênica

Analisemos, algumas passagens da Bíblia e perdoem-me não colocar as respectivas referências.

"Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo."

"Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos;"

"Que ninguém, em presença da tentação, diga que é Deus quem o está a tentar. Porque Deus não está sujeito à acção do mal, e por isso também nunca poderia tentar ninguém a praticá-lo."

"Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação." (não pode mudar)

"Porque para Deus nada é impossível."


Antes de mais, temos todos que entender que Deus é transcendente*, o que não significa de maneira nenhuma que é contraditório. Nunca entenderíamos realmente o que seria um cubo se vivêssemos apenas a duas dimensões, no entanto a possibilidade de existência do cubo não é contraditória. Em segundo lugar é necessário entender que Deus não é um atributo, é todos. Ele não é somente Omnipotente, Ele é Omnisciente, Amor, Bondoso, Justo, etc.
É importante compreender esta parte porque alguém poderia dizer: "Se Deus é Justo então porque não aniquila todos os malvados deste mundo?" A resposta seria: "Deus não faz isso porque Ele não é somente Justo, Ele é também Misericordioso, logo mais tardio em fazer Justiça porque espera o arrependimento".

Existe uma grande diferença entre querer e poder. Eu posso dizer que não posso vender o meu computador por 20€, isto porque seria absurdo e extremamente injusto para mim (sim o meu computador vale mais que 20€!), no entanto isto não quer dizer que eu não tenha a capacidade de o vender a este preço, simplesmente não quero. Outro exemplo a este respeito seria uma questão de princípios. Eu não posso roubar - diria eu - bom na verdade posso, porque tenho faculdades que me permitem fazê-lo, mas não posso porque vai contra os meus princípios.
Com Deus o mesmo se aplica, Deus não pode mentir, não porque não tenha esse poder, mas sim devido à sua essência não poder mudar, ou seja Deus está comprometido com Ele mesmo.

Algumas questões:
Deus pode deixar ser Deus? Sim em Poder (possibilidade/capacidade), e não, porque Ele não é somente Omnipotente, Ele é também Imutável, não pode mudar. Os seus atributos não se contradizem, mas se interligam.

Deus Pode criar uma parede intransponível e uma uma bala que a consiga atravessar? Estamos diante de um dilema lógico, como existem inúmeros. Creio que não podemos dizer qualquer tipo de disparate e depois acrescentar a palavra omnipotência e esperar que Deus possa fazê-lo, já que essa coisa não seria possível de maneira nenhuma. Bom mas permitam-me surpreender-vos(ou não). Se a lógica for apenas uma criação de Deus, apesar de não o querer, Deus pode fazê-la mudar, porém se se tratar também de um atributo Divino (como eu creio) não a pode alterar, sem deixar de ser Deus (coisa que não pode fazer não por causa de falta de capacidade mas por causa daquilo que Deus é).

Não acredito que seja realmente importante pensar muito acerca disto, sei no entanto que um dia irei perceber tudo isto, quando eu puder conhecer Deus como Ele é (que louco que eu sou pensam alguns...deixa ser). Vale no entanto mostrar àqueles que têm esta reserva para não se chegarem a Deus, que os Atributos de Deus se complementam e devem ser entendidos de forma não simplista, e no fim de tudo dizer: "Deus é mais do que aquilo que eu posso imaginar."


* por exemplo: Deus não está condicionado nem ao tempo nem ao espaço, isto é assunto que não sendo contraditório, nos transcende.


quarta-feira, março 18, 2009

O Argumento "Aontológico"

Não venho com este argumento excluir, desprestigiar ou até mesmo falar acerca do argumento ontológico para a existência de Deus, tanto mais que não o conheço assim tão profundamente. Acontece que aquilo que vou dizer pode parecer contrário ao argumento ontológico, avaliem então.
O argumento ontológico diz-nos que por Deus ser a entidade mais elevada que podemos pensar Ele deve necessariamente existir. Todavia penso que Deus é exactamente "Aquilo" que não poderíamos imaginar, e é exactamente por esta razão que eu acredito que este argumento é viável para a existência de Deus.
De salientar que o Deus a que me refiro é o Deus da definição Teísta, porque os deuses que têm forma visual são necessariamente todos o reflexo daquilo que conhecemos.
Como é que a ideia de um Deus perfeitamente bom poderia surgir num universo decadente? Como é que alguém poderia imaginar um Deus Criador, perfeitamente Bom, Inteligente e Poderoso, responsável por um universo em que a vida que existe nele, como disse C.S. Lewis - nasce a sofrer, vive infligindo sofrimento e a grande maioria morre a sofrendo, na mais complexa de todas as criaturas, o homem, devido à razão, ele é capaz de prever o seu sofrimento e sofre uma forte angústia mental lutando pela sua vida quando sabe que morrerá, além do mais deu capacidade ao homem para criar engenhos que criam muito mais sofrimento do que poderia existir naturalmente, a sua história é essencialmente guerras, crimes, doenças e terror, com uma pitada de felicidade suficiente para dar, enquanto dura, um medo agonizante de a perder e quando ela se perde a miséria pungente da lembrança.
Agora lembrem-se que a ideia teísta surgiu numa altura em que as doenças eram sinal de morte e não havia paracetamol! Logo eu só posso crer que evidentemente Deus se revelou aos Homens.
Levo este argumento mais além, no sentido que era impossível que Jesus Cristo fosse inventado, impossível até que um homem fizesse, vivesse e dissesse o que fez, viveu e disse, logo mais Jesus Cristo foi mais uma revelação de Deus há humanidade, desta feita para todos os seres. Saliento a excelente análise psicológica feita à inteligência de Cristo feita pelo psicólogo brasileiro Augusto Cury, que prova indubitavelmente que Ele foi uma pessoa fora do normal.
Concluo o meu argumento aontológico reafirmando: Era impossível surgir a ideia de Deus no contexto em que se vive se o próprio Deus não se tivesse revelado e que era impossível que um Homem como Jesus tivesse existido se ele não fosse mesmo Deus (mais impossível ainda ser inventado por humildes discípulos para morrerem por esta mentira).

segunda-feira, março 16, 2009

Nem Oito nem Oitenta

Certamente muitas vezes darei razão a um céptico e certas vezes darei razão a um sincrético (uma pessoa que agrega muitos credos), a explicação para esta posição pode ser entendida no esquema acima. Não quero dizer que é sempre no meio que está a virtude, na verdade nem sempre é, mas aqui parece-me razoável pensar assim.
Por consequência um céptico também concordará comigo em certas ocasiões, tal como o sincrético, porém também há vezes em que nenhum dos dois concordará comigo, e um exemplo disso é o facto de que nem o cético nem o sincrético concordam com o esquema que desenhei.
Quero dizer com isto que muitas vezes eu estou do lado dos céticos negando os paradoxos da religião, no entanto outras vezes estou do lado dos sincréticos concordando que realmente nós somos seres espirituais com necessidades espirituais, entretanto muitas vezes discordo com ambos dizendo que só em Cristo há Salvação.
Com isto quero cultivar um espírito aberto, para que aquando de confrontados com a verdade não a neguemos simplesmente por causa de um rótulo, porque sou Cristão por exemplo, muitas vezes isso é um entrave à verdade.
Será que somos capazes de suportar a verdade? Ainda que tenhamos que mover (muito ou pouco) a nossa esfera devemos lutar em abono da verdade e anular as nossas reservas, no fundo este é um apelo a ter uma mente aberta, porque se buscarmos a Verdade, iremos encontrá-la e Ela nos libertará.

terça-feira, março 03, 2009

A Matéria Tem Uma Causa Imaterial

Se a matéria tem uma causa,
A causa da própria matéria é imaterial.(a)

Se a matéria não tem causa, a matéria é eterna.

Toda a matéria existe numa matriz espaço-tempo.(b)
É impossível que o tempo passado seja eterno,(c)

Se o tempo passado não é eterno a matéria também o não é.
Se a matéria não é eterna, tem uma causa e essa causa é imaterial.


a) Ou a matéria sempre existiu, ou foi originada por qualquer coisa que não a matéria, isto porque é impossível que a matéria inicialmente seja gerada por matéria, já que a matéria ainda não existia.

b) Qualquer matéria ocupa espaço (esta é parte da definição de matéria). O tempo é uma quarta dimensão do espaço.

c) Se o passado é eterno, é impossível existir presente. Se existe um número infinito de eventos no passado é impossível que cheguemos aos eventos do presente. Seria como uma semi-recta que teria final mas não teria principio, o que é evidentemente um paradoxo pois o final nunca poderia ser alcançado.

domingo, fevereiro 08, 2009

Que Dizer do Casamento Homosexual?

Antes de mais quero salientar que não há da minha parte qualquer tipo de discriminação, só quero manifestar uma franca opinião. Não deixarei de ir a um café porque o gerente ou empregado é homossexual, no fundo eu penso que a discriminação é errada tanto quanto o homossexualismo, mas quero salientar que estou a transmitir a minha franca opinião, a fazer uma exaltação da verdade e da vida plena, tomem isso em consideração. Se porventura algum homossexual ler este texto queria que soubesse que tenho o maior respeito por todos os indivíduos, independentemente das suas escolhas vida, porém com um profundo desejo que vivam no perfeito propósito para o qual existem.
Creio que o assunto em questão não pode ser discutido, como tenho afirmado ao longo do tempo, sob uma perspectiva naturalista, pois segundo uma perspectiva naturalista o Homem não é responsável pelas suas acções, uma vez que o Homem é matéria em transformação mediante condições circundantes. Não existe neste ponto de vista uma perspectiva moral sobre o mundo, porque tudo é válido, uma vez que não existe moral.
Portanto só vale a pena discutir esta temática num espectro "religioso", tanto mais porque o casamento é antes de mais um assunto religioso.
Deus criou Adão e Eva, a visão de Deus para uma união matrimonial é a monogamia e o heterossexualismo, visão esta que tem por fim, quando possível e sensato, a reprodução e logo mais a construção de uma família coesa.
O Homem tem a liberdade de escolher este ponto de vista ou não, cumprir o plano de Deus ou não, será mais feliz se cumprir o plano para o qual existe, não necessariamente porque se não o fizer terá uma eternidade infeliz, mas porque é a forma como a vida faz realmente sentido.
O casamento foi instituído por Deus e apesar de o ser humano ter a liberdade para ter uma relação fora do plano Divino, não pode chamar casamento a essa união, isto não se trata de discriminação, pois a palavra "casamento" diz respeito a uma união legítima entre um homem e uma mulher, não entre um homem e outro homem, não entre um homem e duas mulheres, não entre um humano e um animal, etc.
Deus tem um plano melhor para o homem e para a mulher que a relação homossexual, bissexual, polígama, entre outras que não a monogamia heterossexual, tão somente vamos aceitar este plano perfeito.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Comprando Cosmovisões (Ateísmo e Teísmo)

Cosmovisão(1) é a maneira como cada pessoa encara, age e reage em relação à realidade. A cosmovisão norteia as ideias do ser humano e responde necessariamente a 5 questões fundamentais, questões estas que estão inseparavelmente ligadas à nossa posição em relação à existência e essência de Deus. As questões são:
  1. Origem - De onde viemos?
  2. Identidade - Quem somos?
  3. Propósito - Porque estamos aqui?
  4. Moralidade - Como devemos viver?
  5. Destino - Para onde vamos?
Decidi abordar duas cosmovisões que são perfeitamente antagónicas, algumas cosmovisões partilham algumas respostas, mas estas não, são elas o Teísmo e o Ateísmo, veja-se a seguinte tabela.


Como podemos ver a nossa cosmovisão influencia toda a nossa concepção do mundo. Daí que a minha resposta a muitas outras questões varia da minha cosmovisão, há todo um raciocínio por trás quando digo, por exemplo, que o homossexualismo é errado, não é porque sou homofóbico ou porque desgosto das pessoas, deriva da minha cosmovisão, eu creio que o plano de Deus para uma relação é o da monogamia heterossexual e daí defendo isso, e logo mais os factos atestam esta verdade mostrando que faz sentido.
Mas voltando à análise da tabela em si vou comentar cada questão individualmente.
  1. Origens - O Ateísmo (sustenta a ideia naturalista) acredita que do nada houve uma explosão que fez aparecer toda a matéria, e que do inorgânico espontaneamente apareceu a vida e que a vida se desenvolveu através de processos de adaptação até chegar ao ser humano. Acredita que toda a informação presente no universo (ex. ADN) simplesmente veio a existir por obra do acaso. Já o Teísmo acredita que o Homem foi criado por Deus à sua Imagem e semelhança, que tudo o que existe foi criado por um Designer Inteligente exterior e anterior à sua criação.
  2. Identidade - O Ateísmo diz que o Homem só é matéria, logo mais não é uma individualidade mas é parte de um todo que surgiu no início do universo. O Teísmo atesta que Deus criou o Homem com corpo e espírito, para se relacionar com ele.
  3. Propósito - No Ateísmo não existe sentido para a vida, a nossa própria consciência de felicidade é só uma maneira como os nossos neurónios reagem a impulsos exteriores, não existe sequer vontade porque essa vontade é despoletada não por nós mesmos mas derivado às circunstâncias circundantes que influenciam o nosso corpo, o Homem é uma piada trágica num contexto de total absurdo cósmico, como disse o filosofo existencialista ateu Jean Paule Sartre. No Teísmo nós encontramos um Deus que projectou o Homem com o intuito de viver numa relação de amor, tanto como os outros seres como com Deus, mas que lhe deu plena liberdade para escolher se queria viver desta forma ou não.
  4. Moralidade - Para um ateu a moralidade é relativa se é que existe, uma vez que não existe bem ou mal, tudo é uma questão de opção, nada é certo ou errado porque que isso é apenas uma concepção que surgiu no nosso cérebro com o passar do tempo para que a espécie não se extinguisse, portanto um homicídio é tão correcto quanto salvar alguém que se está a afogar, Adolf Hitler é tão humano quanto Madre Teresa de Calcutá. É tudo uma questão de gosto. Para um Teísta Deus é o Legislador que deu ordens para que o Seu perfeito desígnio pudesse ir avante, ele deu uma lei moral que está em cada um e uma consciência, além disso revelou-se ao longo dos tempos e disse ao ser humano a forma como deveria viver.
  5. Destino - O destino do ateu é ficar reduzido às mais simples moléculas, depois apenas a átomos e depois, misteriosamente, possivelmente a nada. A morte, ou seja o fim da vida, as consequências da entropia, lei que apareceu por acaso no início do universo. Já o destino do teísta será o ser julgado pelas suas decisões, se a sua decisão em vida foi viver com Deus, viverá com Deus, se a sua decisão foi outra que não viver com Deus, viverá sem Deus eternamente.
Com isto quero questionar se somos capazes de suportar a nossa cosmovisão, se a defendemos apenas por motivos volitivos ou se estamos intelectualmente conscientes do que significa o que acreditamos e defendemos. Alerto que se cheguem ao Deus do Teísmo pois é a única maneira de se viver com prazer e sentido neste mundo.



1 Existe um site que calcula a cosmovisão de cada individuo (não é muito confiável).

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Mas Afinal Quem São os Maus?

É deplorável a mensagem enganosa que os media andam a transmitir acerca de Israel, fazem de Israel um mauzão que lhe apetece mandar bombas para a Palestina e não se importa nem com crianças nem com mulheres, nem com nada. Não podia ser uma visão mais distorcida da realidade.
Como é que podem haver manifestações pró terroristas? O Hamas é um cumpridor da Jihad islâmica, qualquer pessoa que seja a favor do Hamas deve no mínimo entender o que é a Jihad. O Hamas como grupo terrorista usa pessoas como escudo, e ainda recentemente foi encontrado armamento numa mesquita. Já Israel tem tido uma postura exemplar, aquando de ataques em zonas civis tem comunicado pelos meios de comunicação disponiveis e envia prospectos pelo ar. O ideal de Israel é a Paz que só haverá quando o Hamas parar de lançar rockets.
Também eu tenho pena do povo Palestiniano sofrer devido ao Hamas, Israel envia resposta de onde são lançados rockets, se são lançados de zonas civis a resposta vai para zonas civis.
O Hamas é uma ameaça a Israel e ao seu próprio povo.
O povo escolhido de Deus está protegido, e mal vão os que se levantarem contra esta nação.