quarta-feira, junho 06, 2007

Os media no tocante ao Divino

Os media como parte integrante e modeladora da sociedade obviamente transparecem a sociedade, ou no mínimo algo da sociedade, seja no tocante a que tema for, neste post gostaria de deixar uma reflexão sobre os media e a sua relação com o Divino.

Os media são um mercado, se pensarmos que estes são apenas servidores do consumidor é falso, existe toda uma mercantilização, especialmente na televisão. Os media mostram o que lhes trás conveniência, infelizmente. se possível diriam até mentiras e às vezes dizem, talvez só não digam mais para não perderem "clientes". Desta maneira podemos encontrar os media numa linguagem de conveniência ainda que esta se contradiga, não é de admirar, o carácter principal é agradar a quem vê, porém agradar nem sempre é fazer o correcto. É muito fácil encontrar linguagem dupla nos media, tal como linguagem de conveniência, um exemplo de conveniência:
Todos sabemos o que aconteceu com a menina de nacionalidade britânica, Madeline, foi e é uma situação muito triste e embora os media pudessem ajudar com a sua cobertura, não passou porém de conveniência, o exemplo disso são as outras crianças que desaparecem em Portugal, todas as que estão a morrer à fome, todas as que são maltratadas pelos pais, etc, que não são retratadas.

No que diz respeito a Deus, religião, etc, trata-se apenas de conveniência e mercantilização, infelizmente. São poucos os casos, e apenas acontece quando feito por terceiros, em que a abordagem do Divino não é feita numa linguagem de conveniência, porém já a cedência é uma estratégia para angariar mais audiências ou leitores.
Quero abordar três exemplos:

"Código de Da Vinci" VS Fraude do "Código de Da Vinci" : É engraçado que os media no recente lançamento do livro de Dan Brown, apoiaram até a ideia e quiseram até deixar em aberto toda a controvérsia, quando estava a deixar de vender então fizeram alguma coisa para demonstrar que era falso e continuaram a vender.

Islamismo e Terrorismo: O que tenho assistido nos media foi que só se passou a falar de Islamismo (com algum destaque) após acontecimentos terroristas, especialmente o 11 de Setembro. E é interessante também que a abordagem ao Islamismo só aconteceu por causa do Terrorismo, assim todo o noticiário e até documentários não passam de estratégias (salvo excepções).

Cristianismo e Catolicismo: Principalmente na televisão Portuguesa, Cristianismo é sinónimo de Catolicismo. Porquê? Conveniência! Quando alguém é convidado para falar da Bíblia, do Natal, da Páscoa, de Jesus, etc, quem é convidado é um Padre, porque não é um ministro de outra denominação? Conveniência. Uma vez que existem muito mais católicos (praticantes ou não) que todas as outras denominações juntas dar abertura a outros para falar que não católicos era pôr em causa muitas audiências.

1 comentário:

Adilson Marques disse...

N9,
A visão apresentada sobre os media é a real. Uma excelente reflexão.
Normalmente digo que tudo o que é dito pelos media deve ser filtrado, e que o filtro deve ser o conhecimento científico. Basta estarmos atentos para notarmos que muitas informações veiculadas são falsas. O problema coloca-se quando falamos de um tema que de científica nada tem, aparentemente.
Percebo o que se passa no contexto português, pois por questões culturais é normal que a Igreja Católica tenho tanto destaque. No entanto, considero promíscuo quando uso das notícias sobre o divino tenham apenas funções comerciais, que no caso apresentado se relaciona com maiores audiências.
Um abraço.