quarta-feira, dezembro 12, 2007

O Naturalismo e a Verdade

Qualquer visão materialista do homem, é incompatível com a existência da Verdade. A visão Naturalista das coisas pressupõe que todas as coisas vieram a existir por processos naturais, até mesmo os nossos pensamentos, dos quais o raciocínio lógico também faz parte. Logo se as mudanças corporais são a causa dos pensamentos, não podem existir pensamentos verdadeiros ou falsos, porque uma série de movimentos físicos não pode ser mais verdadeira que outra. Desta forma podemos concluir que a crença no Naturalismo é auto-destrutiva. Se o Naturalismo pressupõe a inexistência de Verdade, o Naturalismo não pode ser verdadeiro.


17 comentários:

Dário Cardina Codinha disse...

Como é que o naturalismo é auto-destrutivo? Explica os passos.
Existem umas coisinhas chamadas neurónios, existem zonas cerebrais responsáveis pelos sentidos. A forma de transmição da informação entre neurónios é conhecida. Até agora não se destruíu. Já tiveste Psicologia? Lesionando uma área cerebral a pessoa não consegue realizar as acções responsáveis desse área cerebral. O que dizer a isto?

natenine disse...

Os passos foi o que eu expliquei no post! diz-me o que não percebeste farei o favor de te ajudar. ;)

PS: Atenção não está em causa que o cérebro não seja usado no raciocínio, o que esta em causa é que, o Naturalismo se auto-destroi quando relacionado com a questão da Verdade.

Dário Cardina Codinha disse...

O que tu queres dizer é que há algo para além dos mecanismos de aquisição e de transporte de informação. Que há algo que nos dá uma vida, um livre-arbítrio. Os mecanismos não se auto-destroem. Se uma zona cerebral estiver lesionada o animal/indivíduo não vai ser capaz de utilizar essas funções. É uma zona física que, lesionada faz não funcionar os mecanismos.

natenine disse...

Existem lesões a diferentes niveis, que dizer pois daquilo que leva uma pessoa a tomar uma atitude certa ou errada? e o organismo quando submetido a uma grande quantidade de stress não consegue tomar as decisões que tomaria num estado normal. Sabemos que o orgulho é limitador da arte de pensar e isso não é propriamente físico.

Dário Cardina Codinha disse...

As lesões podem fazer-nos perder a capacidade de organização, de gestão, de ver as cores como elas são, de confundir cores com números e sons, não conseguir ler ou escrever ou até falar... etc...Pode-nos fazer não ter qualquer prazer em nada, não ter medo, dor, etc... Tudo tem a ver com o cérebro.O cérebro é mais complexo do que imaginas. Até a personalidade vem do cérebro

natenine disse...

então nesse caso diz-me o que faz uma ideia mais certa que outra? tendo em conta que tudo são movimentos naturais. A verdade é mental.

Dário Cardina Codinha disse...

exactamente. o "eu" vem das interligações no nosso cérebro. A capacidade de julgar, a capacidade de fazer projectos, etc. vem do nosso cérebro. Até a capacidade de sentir dor ou prazer.
A nossa iterpretação num contexto social faz de uma ideia algo correcto, algo de bom. Por isso, em vários contextos sociais, uma ideia é vista de várias vertentes.

natenine disse...

Nesse caso defendes que matar ou dar vida é precisamente a mesma coisa. Verdade ou mentira variam consoante o contexto cultural é tudo cerebral, nesse caso afirmas que o teu cérebro foi mais feliz que o meu e alcançou a verdadeira visão das coisas, mas qual verdade, uma reacção biológica pode ser considerada mais verdadeira que outra?

Dário Cardina Codinha disse...

exactamente!
Uma ideia é criada num contexto. As leis dos países são criadas pelo contexto politico-cultural. Na china é normal matar uma pessoa por esta possuír algumas gramas de haxixe. Cá é impensável. A louva-a-deus decapita o macho, para nós é algo de estranho (a maior parte). Um exemplo bom são os sociopatas ou os psicopatas. Para ele não há contexto, podem matar porque gostam. Para um contexto em que matar por prazer é algo que não se deve fazer, essa pessoa é "doente" pelo facto de não estar integrado num contexto, neste caso, forte

natenine disse...

É triste, mas tu és daqueles que apoiam que miúdos entrem pelas escolas e matem os colegas, enfim é a consequência do naturalismo.
Espero que nessa atitude louca, não faças uma selecção "natural" e mates as espécies mais fracas que continuam a acreditar num Deus poderoso e amável.

Dário Cardina Codinha disse...

Eu apoio isso? Desde quando? Eu não selecciono ninguém. Lê outravez o comment.

natenine disse...

num contexto pertinente, parece k sim

Dário Cardina Codinha disse...

Nada disso. Vê melhor o contexto. Os psicopatas criam a sua lei. Num contexto é errado. No copntexto socio-cultural em que se encontram eles são assassinos porque não se comportam consoante o seu contexto. Se estivessem numa sociedade em que isso fosse normal eles não seriam psicopatas.

natenine disse...

não adianta falar contigo, em cada comentário ramificas o debate, assim é impossível haver uma conclusão.

Dário Cardina Codinha disse...

Foi apenas uma visão mais concreta do problema. Foi um exemplo, não foi uma ramificação, muito pelo contrário, foi uma visão mais próxima, do ponto de vista de um caso extremo.

Dário Cardina Codinha disse...

Encontrei algo que te pode interessar sobre este tema:

"Roger Penrouse, físico e cosmólogo, apresenta em «O grande o pequeno e a mente humana” da Gradiva, uma tese de que as amplificações de flutações quânticas até à nossa macro-escala explicam determinados aspectos relacionados com o nosso livre arbítrio e tomadas de decisão, que constituem os tijolos da nossa consciência e os alicerces da nossa personalidade.
A explicação de base suporta-se na existências de microtúbulos – pequenos cilindros revestidos de proteína tubulina existentes nos neurónios – que se comportam como pré-amplificadores de flutuações quânticas que poderão ser utilizadas por exemplo, numa tomada de decisão.
Estas decisões básicas existem em seres unicelulares (que obviamente não possuem cérebro nem sistema nervoso) como o paramécio, e são suficientes para nadar (com cílios) em direcção aos alimentos, fugir, contornar obstáculos e até aparentemente, aprender, o que é surpreendente para uma única célula."
Fica bem

Marcos Sabino disse...

tás em todas dário